sábado, 6 de dezembro de 2014

Cartel: R$ 418 nilhões em desvios cobrados a empresas no governo do PSDB

 Promotoria paulista entra na Justiça para que 11 empresas restituam cofres públicos por fraudes em licitações de trens Cobrança é referente a contratos com a CPTM; segundo promotores, valor corrigido pode chegar a R$ 800 milhões
O Ministério Público de São Paulo ingressou na quinta (4) com ação civil pública contra 11 empresas para restituição de R$ 418 milhões aos cofres públicos por irregularidades em contratos de manutenção preventiva de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
A Promotoria diz que há indícios de formação de cartel na celebração de três contratos, firmados de 2001 a 2002 para manutenção de trens das séries 2000, 2100 e 3000, como noticiou nesta sexta (5) o jornal 'O Estado de S. Paulo'.
A restituição corresponde aos valores dos contratos, aditamentos e multa por danos morais coletivos de cerca de R$ 112 milhões. Com correção e juros, o valor pode chegar a cerca de R$ 800 milhões.
A Promotoria solicitou ainda à Vara da Fazenda Pública a anulação dos três contratos e a dissolução de 10 empresas: Alstom, Siemens, CAF Brasil, TTrans, Bombardier, MGE, Mitsui, Temoinsa, Tejofran e MPE. A dissolução impede a atuação no país. A CAF Espanha não foi incluída porque é regida pela legislação do país europeu.
Na quinta (4), a Polícia Federal concluiu a investigação sobre o cartel que fraudou licitações de trens entre 1998 e 2008, em gestões do PSDB no Estado, e indiciou 33 pessoas, entre elas o presidente da CPTM, Mário Bandeira.  (Da Folha de S.Paulo - Gustavo Uribe)

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