terça-feira, 11 de março de 2014

O Mal Feito x O Não Feito

Aplicar o dinheiro público em benefício do interesse público é uma responsabilidade dos gestores públicos, a exemplo de prefeitos, governadores e o presidente da República.
Essa aplicação terá que obedecer a critérios técnicos, orçamentários, contábeis, sociais, etc. Dentre os critérios técnicos podemos citar por exemplo, o projeto de engenharia, que entre outras coisas deve garantir a qualidade da obra ou do serviço, a fim de ela possa durar o máximo possível.
A não obediência de qualquer dos critérios pode levar o gestor a responder por crime de responsabilidade e outros crimes previsto na Lei de Responsabilidade e pode torná-lo inelegível ou até mesmo para a prisão.
Uma obra pública mal feita impõe um prejuízo incalculável para a sociedade, posto que nessa obra será aplicado um capital único, ou seja, o recurso disponível para calçar uma rua só virá uma vez com aquela finalidade.
Calçamentos feitos na gestão anterior, em frente à Rádio Panorama FM

Então, se um prefeito faz um calçamento mal feito e esse calçamento vier a se deteriorar rapidamente, o prefeito que vier a sucedê-lo não terá outro recurso para refazer aquele calçamento, isto vale para qualquer outro tipo de obra ou serviço.
Calçamento feito no último ano, da gestão anterior,
ao redor da Academia da Cidade

Se olharmos para as imagens postadas nesta matéria veremos claramente alguns exemplos de má gestão do dinheiro público, exemplos de MAL FEITO, que deixam os gestores sucessores em situação difícil, senão vejamos: se o gestor não consertar o MAL FEITO dos outros será criticado pela sociedade, muitas vezes até pelo próprio gestor que o antecedeu. Se o gestor resolver consertar o MAL FEITO do seu antecessor, de onde ele irá buscar recursos para isto, se os recursos que haviam para aquela finalidade já foram gastos?
Como ele irá justificar para o Tribunal de Contas uma despesa de calçamento da Rua X, se, para o Tribunal aquela Rua X já estava calçada? Seria mais fácil fazer uma obra nova a se ter que refazer uma obra MAL FEITO, pois na obra nova o gestor apenas terá que fazer um bom projeto e buscar os recursos em muitas fontes possíveis e imagináveis, executar, prestar contas e pronto.
Obra particular permitida pela gestão anterior, que obrigou a remoção de doze famílias que tiveram suas casas inundadas, no Bairro da Redenção.
Essas famílias correm o risco de perderem seu maior patrimônio, ou seja, suas casas.

Essa matéria, de autoria exclusiva do Blog do Vereador tem a finalidade de levar nossa sociedade a uma reflexão sobre a coisa pública. Da mesma forma que o gestor tem enorme responsabilidade em todos os seus atos, o eleitor tem igual responsabilidade no julgamento e na escolha dos seus representantes. Analisar e escolher seus representantes apenas com o coração ou pela paixão é um erro, que, via de regra, leva o eleitor a frustrações, decepções e arrependimentos.
Daí porque achamos que o MAL FEITO é pior que o NÃO FEITO!

Vereador Gilberto de Belchior

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