Blog do Magno - Coluna da segunda-feira |
Sem Eduardo em Pernambuco, por
conta da campanha presidencial, Paulo Câmara, candidato a governador pelo PSB,
anda devagar, quase parando. É, literalmente, um maior abandonado. Não entrou
ainda no ritmo, sua desenvoltura está longe do que era possível se esperar de um
candidato: agressividade nas propostas, leveza no contato de rua e discurso
convincente.
Entre os próprios socialistas vaza
um sentimento de que o rapaz foi jogado no fogo sem mídia training, com um
discurso fraco e disperso. Na ausência do padrinho e estrela, o ex-ministro
Fernando Bezerra Coelho tem feito um esforço descomunal para suprir as
deficiências do companheiro de chapa.
Político experiente, talhado em
históricas disputas e com verniz invejável, Fernando não pode ser o carro-chefe
da campanha, porque não é candidato a governador, mas a senador. E,
historicamente, não há paralelo de que senador elege governador, muito pelo
contrário.
Foi assim com Arraes em 86, com
Jarbas em 98 e 2002 e com o próprio Eduardo em 2010, quando puxou Armando e
Humberto. O ex-governador e o PSB subestimam a força, a capacidade, o talento e
a envergadura do senador Armando Monteiro Neto, adversário de Câmara.
Talvez esteja explicada neste
descompasso - a descrença numa vitória de Armando - a razão de não submeterem
Câmara, que não é do ramo e nunca disputou uma eleição, a um intenso treinamento
antes de jogá-lo na arena da sucessão estadual.
A história diz, também, que sapato
alto, confiança em excesso e arrogância são maus conselheiros. A impressão que
Paulo Câmara passa é que foi jogado na jaula dos leões, estando mais perdido do
cego em tiroteio.
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segunda-feira, 28 de abril de 2014
Paulo Câmara "Feito cego em tiroteio"
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