Em
entrevista de 25 minutos à TV árabe Al-Jazeera, transmitida no fim da manhã de
ontem, a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, tratou
abertamente sobre o pleito deste ano. Indagada sobre os motivos para o povo
brasileiro lhe conceder um novo mandato, a presidente deixou claro qual será o
tom de campanha: disse que será trava uma 'disputa democrática entre quem sabe
fazer e quem teve a oportunidade de fazer e não conseguiu'. Em seguida, pediu
mais quatro anos de mandato.
Durante a
entrevista, Dilma disse ainda que o Brasil deveria tirar 'nota máxima' em
relação à realização da Copa do Mundo e que o governo conseguiu reverter a
'campanha negativa' em torno dos jogos. No campo da economia, a presidente disse
que o Brasil se prepara para entrar num 'novo clico' e defendeu um 'Estado sem
burocracia e mais amigável com o cidadão e empresários'.
A presidente
Dilma falou a respeito da campanha eleitoral nos minutos finais da entrevista.
- Vai ser
travada essa disputa democrática entre os caminhos. Oferecemos o seguinte: quem
fez, sabe continuar fazendo. Quem, quando pôde, não fez, não sabe fazer. É
simples a opção - disse Dilma, ao final da conversa.
Dilma
destacou as conquistas sociais alcançadas pelos governos do PT desde 2003 como
motivo que dá lastro a esse pedido de mais um mandato:
- Acredito
que o povo brasileiro deve me dar uma oportunidade de um novo período de governo
pelo fato de que nós fazemos parte de um projeto que transformou o Brasil. O
Brasil tinha 54% de sua população entre pobres e miseráveis em 2002. Hoje 75% da
população brasileira vive na classe C para cima. É três em cada quatro
brasileiros. Nós transformamos a vida dessas pessoas. Hoje, existem pobres, dá
uns 23%, 24%. O restante é classe média, A e B. O Brasil mudou de perfil, e foi
feito isso com a democracia vigindo, com a democracia vigente, com todos os
direitos de expressão, manifestação e divergência - defendeu Dilma. (De O Globo
- Cristiane Jungblut)
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terça-feira, 15 de julho de 2014
'Povo deve me dar a chance de novo governo', diz Dilma
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