Quando o escândalo da Operação Lava-Jato estourou, a oposição se esbaldou em críticas ao governo e aos partidos da base aliada, da presidente Dilma. Com a delação premiada, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa entregou dezenas de pessoas, entre as quais, funcionários da petrolífera, diretores das empresas e políticos, muitos deles ainda atrás das grades.
Até aí, a oposição se sustentava na lógica de que, um delator jamais iria mentir nas suas declarações, porque, se assim o fizesse, perderia o benefício da delação premiada.
Contudo, aos poucos foram surgindo nomes de políticos vinculados a oposição, a exemplo do ex-presidente do PSDB, já falecido, Sérgio Guerra, que segundo o delator, Paulo Roberto Costa, teria recebido 10 milhões, a fim de ajudar a arquivar uma CPI no Congresso.
Agora surge, na delação do doleiro, Alberto Youssef e do seu carregador de mala preta, o policial Jaime Alves de Oliveira, o Careca, a denúncia envolvendo, nada mais, nada menos, o braço direito e afilhado de Aécio Neves, o ex-governador e atual senador eleito, Antônio Anastasia, de ter recebido uma mãozinha do Petrolão, de um milhão de reais.
Aí vem o Senador derrotado Aécio, dizer que isso é uma farsa, comandada pelo partido governista. Mas quando a denúncia envolvia pessoas do outro lado, Aécio e sua tropa dizia que os delatores não podiam mentir na delação premiada e agora é uma farsa?
Até onde todos nós sabemos, esse pessoal, que se encontra envolvido nesse escândalo não está nem aí para interesses políticos de quem que que seja. Estão mais preocupados é com os processos em que se envolveram, e certamente, tudo que estão querendo nesse momento é amenizar a situação deles próprios.
Diante dessa tese, eu sou obrigado a concordar com o Aécio antigo: é muito provável que que o Youssef e seu carregador de malas estejam falando a verdade e que o principal partido de oposição, o PSDB esteja também envolvido nesse esquema de corrupção da Petrobrás e outros que ainda faltam ser esclarecidos.
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