sábado, 23 de maio de 2015

Transposição está preservada e escapa de corte da União





O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, comenta a publicação do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira de 2015, com o contingenciamento do Orçamento (José Cruz/Agência Brasil)
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, comenta a publicação do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira de 2015, com o contingenciamento do Orçamento (José Cruz/Agência Brasil)
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse ainda há pouco, em Brasília, no anúncio do plano de cortes da União, que as obras da transposição do São Francisco serão preservadas no pacote de economia de gastos públicos.
Com a manutenção dos recursos, o governo disse que o cronograma de encerramento da obra era o primeiro semestre de 2017.
Nelson Barbosa também disse que investimentos em portos e aeroportos, como o programa de banda larga, também estavam preservados, mas não fez detalhamento.
De acordo com o ministro do Planejamento do governo Dilma, o PAC sofrerá um corte de R$ 25,7 bilhões, dentro do programa de ajuste fiscal. Outros R$ 22,9 bilhões virão de outras despesas do governo central. Para completar o corte, 21,4 bilhões virão de emendas dos deputados federais.
O ministro evitou, obviamente, criticar as reações no Congresso contra o pacote fiscal de Dilma e informou que houve uma perda de R$ 2 bilhões, em especial com a rejeição aos cortes no abono para trabalhadores, previsto na MP 664. Ele disse que isto será compensado com outras medidas, sem especificar quais. Ao citar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), deu a entender que pode haver aumento de impostos para equilibrar as contas. Nelson Barbosa ainda elogiou os avanços no seguro desemprego e nos cortes de pensões.
O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, teria gripado e não apareceu na entrevista.
No final do encontro com a imprensa, Nelson Barbosa garantiu que a economia voltará a crescer já no final do ano. “A redução da economia será temporária e vamos ter crescimento no segundo semestre”, declarou.
Barbosa disse que o setor de exportação vai ajudar nesta recuperação e também a agenda de investimentos que o governo espera ter com o lançamento do programa de concessões. O programa será lançado no dia 09 de junho e não teria saído ainda porque depende de ajustes na área de ferrovias.
Por falar em ferrovias, Nelson Barbosa não citou a Transnordestina como uma das prioridades, a salvo dos cortes do orçamento. Na coletiva, Nelson Barbosa disse que a prioridade era complementar a ferrovia Norte-Sul e até comprar trilhos para a Oeste-Leste, na Bahia. Cada ministro é que fará o detalhamento dos gastos do pacote.
Nelson Barbosa recusou-se a citar três obras que seriam prejudicadas e preferiu dar ênfase ao que seria mantido, como o programa Minha Casa Minha Vida. Ele disse que o programa terá R$ 13 bilhões para investimentos e que o ritmo das obras teria que ser readequado. No segundo semestre, haverá o lançamento do MCMV 3.

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