Em meio à crise econômica que atinge o governo federal e os Estados da federação, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), fez críticas ao modo como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), está conduzindo as relações institucionais. De acordo com o ministro, não está havendo comunicação entre o ministério e o governo.
Segundo o ministro, existe um déficit de articulação do governo de Pernambuco em Brasília e completou a crítica citando exemplos de outras gestões estaduais. “Em Brasília, eu vejo outros governadores de oposição que se articulam muito bem, diferente de Paulo Câmara que nunca fez sequer um telefonema com alguma demanda para o Estado”, disse o ministro, nesta segunda-feira (1º).
Durante a entrevista, o ministro citou o “descontrole” do Pacto pela Vida, que apresenta uma escalada no crescimento de homicídios, e disse que a oposição serve para fiscalizar, combater e apontar as mazelas do governo.
“É fundamental que exista a oposição combativa que fiscalize e acompanhe. A oposição na Assembleia (Alepe) tem apresentado as mazelas na gestão atual. Por exemplo, hoje temos um quadro de escalada da criminalidade e aparente descontrole do pacto”, disse o ministro, que também criticou o fato de o governo estadual não pagar o piso salarial dos professores.
A crítica é feita justamente no dia em que são lançadas as novas inserções do PTB de TV e de rádio. São cinco filmes de 30 segundos que estão sendo veiculados em horário nobre, entre 19h30 e 22h. Eles começaram a ser exibidos na última sexta-feira (29) e mostram o agravamento de problemas, segundo o partido, nas áreas de segurança pública, como o aumento da violência, de saúde, educação e mobilidade urbana.
Armando Monteiro Neto (PTB) integra a oposição aos governos socialistas em Pernambuco desde o final de 2013, quando o então entregou os cargos que o partido ocupava na gestão do governador Eduardo Campos (PSB), já falecido.
Os caminhos distintos continuaram em 2014, quando Armando Monteiro Neto foi candidato ao governo de Pernambuco contra o afilhado político de Eduardo Campos, o agora governador Paulo Câmara e saiu derrotado.
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