O submundo das drogas

O uso de drogas, que atrai alguns jovens, acaba sendo responsável pela destruição de muitas vidas. O que parece divertido ou fascinante no início, se transforma num pesadelo. Da maconha ao ecstasy para o crack ou a cocaína é um pulo. Depois vem a dependência e os problemas de saúde física e mental. E na seqüência, os reflexos na escola ou no trabalho, as dívidas com os traficantes, o envolvimento com a violência e a criminalidade. O que antes era um problema apenas das grandes cidades, agora está generalizado. Aqui em Custódia a todo momento nos deparamos com mães de filhos viciados, desesperadas, sem saber o que fazer. O crack então veio para destruir mesmo. Por se tratar de uma droga com altíssimo poder de dependência e baixo custo, ela se tornou popular e está ao alcance de todos que desejem entrar para o submundo das drogas. Mais preocupante é o fato de que não há notícia de projetos governamentais para conter o avanço desse mal, muito menos para tratar os dependentes químicos. Afinal, esse é um problema da sociedade como um todo, pois ele acaba atingindo a todos indistintamente. Como se sabe, um dependente químico é capaz de tudo para saciar seu desejo. De roubar, de agredir seus familiares e até matar. Agora nos perguntamos: se existem tantos programas sociais no País, muitos deles servindo apenas como cabide de empregos e de comitês eleitorais para políticos inescrupulosos, por que não existe nenhum programa voltado para o atendimento a dependentes químicos? Como disse antes, o crack é uma droga barata e quem faz uso dela são geralmente pessoas de baixa renda, que não podem pagar por um internamento em uma clínica particular. Então, onde encontrar uma clínica conveniada pelo SUS ou mantida por alguma instituição pública, seja ela federal, estadual ou municipal? Teremos este ano mais uma rodada de eleições. Por que não, a sociedade já começar a cobrar uma solução para grave problema?