Ser
político, como se sabe, é engolir sapos sem ter indigestão. Adversários
cordiais, Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) protagonizaram nesta
segunda-feira (25) um intercâmbio de batráquios, um mais indigesto do que o
outro. O palco foi montado na cidade de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, onde
a dupla converteu a inauguração do trecho de uma adutora em teatro
pré-eleitoral.
Coube ao governador pernambucano dirigir-se à plateia em primeiro lugar. Em um
dado momento, o socialista insinuou que Dilma deve algo ao PSB. “O nosso
conjunto político não tem faltado ao Brasil e nem tem faltado apoio político ao
governo de vossa excelência.” Com o sapo atravessado na traqueia, a visitante
valorizou as parcerias, mas pediu parceiros confiáveis.
Política
de boa vizinhança a parte, em nenhum momento o governador admitiu apoiar a
Presidenta em sua reeleição. Ao contrário disto, ele procurou dirigir sua fala
muito mais para o Brasil do que para Pernambuco. Falou da necessidade de se
discutir o futuro e o desenvolvimento do País, como se quisesse justificar suas
articulações presidenciais.
A
presidenta Dilma por sua vez não economizou nas promessas. Prometeu manter e
ampliar as políticas existentes, renovou a antiga promessa de mandar milho para
ajudar a salvar o que resta do nosso rebanho, prometeu interligar a malha
ferroviária de Pernambuco com a da Bahia, através de Petrolina e de Recife,
mas, para frustração de muita gente, nada se falou sobre o atraso nas obras da
transposição, parecia até não ser mais nenhuma prioridade.
A
presidenta fez a entrega de 22 retroescavadeiras e de ônibus escolares, para as
prefeituras da região. O prefeito Luiz Carlos recebeu uma máquina nova que irá
se somar as outras três que já existem.
Custódia recebeu uma igualzinha a esta
Até que enfim aparece um fio de esperança. O Nordeste está tendo uma oportunidade única de ter na Presidência da República um homem sério,competente, sobretudo inteligente, e "da casa". Diferentemente do outro, o Eduardo Campos tem escola,berço e respeita a liturgia do cargo.
ResponderExcluirUma vez eleito, Eduardo terá o maior desafio do mandato que será defenestrar do poder todos os batedores de carteiras que o Lula nos enfiou de goela abaixo.
Fernando
Ilheus/Ba.