Na Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores, com o
Banco do Nordeste, o Líder do Governo, Gilberto de Belchior destacou as
vantagens que estão sendo oferecidas pelo governo e pelo BNB, onde os
agricultores que contraíram débitos de até R$ 35.000,00 teriam um rebate de
85%, sendo os 15% restantes autofinanciados pelo próprio banco, de forma que a
dívida antiga seja quitada, em troca de uma dívida menor, corrigida por uma
taxa de juros de 3% ao ano.
Gilberto entende que os subsídios oferecidos pelo governo
devem atingir todas as operações, de investimento e custeio, destinados as
atividades de sequeiro (não irrigada), independente do valor. Todos os
agropecuaristas que desenvolvem suas atividades de sequeiro no semiárido estão
sofrendo os prejuízos com essa seca terrível que está aí, independentemente do
valor financiado. Quanto maior for o negócio, maior está sendo o prejuízo,
portanto, não tem sentido discriminar os maiores devedores, porque o cenário é
o mesmo.
Ainda da Tribuna, o Líder e Primeiro Secretário da Câmara
Municipal defendeu que o País tenha uma política agrícola diferenciada para o
Nordeste, mais especificamente para o semiárido nordestino, que tem sérias
limitações de clima, de solos, etc., que praticamente inviabilizam a atividade
agropecuária, como atividade econômica. Não adianta você fazer um projeto todo
bonitinho e nele prever uma capacidade de pagamento baseado na produção de
leite, de carne, de grãos, etc., simplesmente porque essa produção não irá
existir, pelas dificuldades que estamos vendo. É pura hipocrisia, afirma
Gilberto, que é Engº Agrônomo e projetista.
Melhor seria que o governo tivesse uma política agrícola
diferenciada, subsidiada, não da forma como fazem hoje, mas um subsídio que se
estenda até a venda do produto. Se o governo tivesse comprando os produtos,
diretamente aos produtores, por um preço bem superior ao praticado pelo
mercado, as pessoas iriam valorizar mais o seu capital, seja próprio, seja
financiado.
Estamos vendo o governo subsidiando a agricultura familiar,
na entrega do dinheiro. Ele empresta X e o agricultor paga X – Y. Isso não irá
funcionar nunca, pois o cara pega o dinheiro e compra uma moto. Penso que se o
governo concedesse parte desse subsídio na compra do produto, pagando por ele
um preço bem maior que o do mercado, nós iriamos criar uma cultura da produção.
O cidadão iria pensar: vamos produzir que o negócio compensa!
Da forma como está, qualquer pessoa não pensará duas vezes.
Vamos tirar R$ 12.000,00 pelo PRONAF e vamos pagar com R$ 7.000,00. Ele irá
empregar esse dinheiro em qualquer negócio, menos na agricultura familiar,
concluiu Gilberto.
Todas as propostas
defendidas nessa Audiência Pública serão encaminhadas ao governo e ao Congresso
Nacional através de um Relatório que está sendo finalizado pelo Vereador
Cicinho.
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