domingo, 28 de abril de 2013

Audiência Pública com o Banco do Nordeste


Na Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores, com o Banco do Nordeste, o Líder do Governo, Gilberto de Belchior destacou as vantagens que estão sendo oferecidas pelo governo e pelo BNB, onde os agricultores que contraíram débitos de até R$ 35.000,00 teriam um rebate de 85%, sendo os 15% restantes autofinanciados pelo próprio banco, de forma que a dívida antiga seja quitada, em troca de uma dívida menor, corrigida por uma taxa de juros de 3% ao ano.
Gilberto entende que os subsídios oferecidos pelo governo devem atingir todas as operações, de investimento e custeio, destinados as atividades de sequeiro (não irrigada), independente do valor. Todos os agropecuaristas que desenvolvem suas atividades de sequeiro no semiárido estão sofrendo os prejuízos com essa seca terrível que está aí, independentemente do valor financiado. Quanto maior for o negócio, maior está sendo o prejuízo, portanto, não tem sentido discriminar os maiores devedores, porque o cenário é o mesmo.
Ainda da Tribuna, o Líder e Primeiro Secretário da Câmara Municipal defendeu que o País tenha uma política agrícola diferenciada para o Nordeste, mais especificamente para o semiárido nordestino, que tem sérias limitações de clima, de solos, etc., que praticamente inviabilizam a atividade agropecuária, como atividade econômica. Não adianta você fazer um projeto todo bonitinho e nele prever uma capacidade de pagamento baseado na produção de leite, de carne, de grãos, etc., simplesmente porque essa produção não irá existir, pelas dificuldades que estamos vendo. É pura hipocrisia, afirma Gilberto, que é Engº Agrônomo e projetista.
Melhor seria que o governo tivesse uma política agrícola diferenciada, subsidiada, não da forma como fazem hoje, mas um subsídio que se estenda até a venda do produto. Se o governo tivesse comprando os produtos, diretamente aos produtores, por um preço bem superior ao praticado pelo mercado, as pessoas iriam valorizar mais o seu capital, seja próprio, seja financiado.
Estamos vendo o governo subsidiando a agricultura familiar, na entrega do dinheiro. Ele empresta X e o agricultor paga X – Y. Isso não irá funcionar nunca, pois o cara pega o dinheiro e compra uma moto. Penso que se o governo concedesse parte desse subsídio na compra do produto, pagando por ele um preço bem maior que o do mercado, nós iriamos criar uma cultura da produção. O cidadão iria pensar: vamos produzir que o negócio compensa!
Da forma como está, qualquer pessoa não pensará duas vezes. Vamos tirar R$ 12.000,00 pelo PRONAF e vamos pagar com R$ 7.000,00. Ele irá empregar esse dinheiro em qualquer negócio, menos na agricultura familiar, concluiu Gilberto.
Todas as propostas defendidas nessa Audiência Pública serão encaminhadas ao governo e ao Congresso Nacional através de um Relatório que está sendo finalizado pelo Vereador Cicinho.

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