quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SOS Semiárido Nordestino



Há cerca de um ano atrás o vereador Gilberto de Belchior, com base nas previsões meteorológicas e levando em consideração que o nosso semiárido teria sido comtemplado com uma década de bons invernos, encaminhou requerimentos para os três níveis de governo, Municipal, Estadual e Federal, alertando para a iminência de período de estiagem e a necessidade de medidas concretas de convivência com a seca.
Prefiro falar em convivência com a seca, porque acho inadequado se falar em combater à seca. Afinal, como poderíamos combater a natureza? Como explica a meteorologia, as chuvas são influenciadas pelas correntes de ventos, pelas diferenças de temperaturas dos oceanos e muitos outros fatores e eventos que ocorrem no globo terrestre.
Voltando ao que interessa, o longo período de estiagem que vem castigando o nosso semiárido já causou estragos na nossa economia, difícil de ser recuperada.  A principal fonte de renda do nosso homem do campo é a pecuária. Como sabemos, Custódia tem uma das maiores feiras de animais da região.
Nesse dia, as pessoas trazem o boi, o cavalo, a cabra, a ovelha, a galinha, as vendem e com o dinheiro vão a feira para fazer suas compras e pagar suas dívidas.
A atividade agrícola, basicamente de subsistência, serve mais como suporte para a pecuária e para o sustento da família. Não tem impacto na economia. Se não temos inverno não temos produção agrícola, porém, se no ano seguinte tivermos um bom inverno voltamos a produzir o milho, o feijão, etc.
No caso da pecuária a situação é bem diferente. Com essa estiagem já perdemos aproximadamente oitenta por cento do nosso rebanho e o que é pior, estamos perdendo a capacidade de sonhar, de acreditar, de reagir.
O que escutamos por aí é que, depois dessa seca, pouca gente vai querer voltar a criar, a investir na pecuária, que para se recuperar precisaríamos de novos investimentos, para recuperar pastagens, para aquisição de novas matrizes e novos reprodutores, coisa que o nosso criador não pode e nem está mais disposto a fazer.
O comércio já está sentindo os efeitos dessa crise. Nem só de Bolsa Família e de assalariados vive a nossa economia urbana. Comerciantes de todos os seguimentos já se queixam da falta de movimento.
Mas tudo isso já era previsível. Está lá no meu Requerimento de fevereiro de 2012. Mas, então por que o Estado Brasileiro, através de suas instituições, democraticamente consolidadas, não toma medidas eficazes e permanentes que permitam uma convivência harmoniosa do homem com a natureza, nesse caso específico, do homem do semiárido nordestino com as estiagens, que são cíclicas, ou seja, de vez em quando acontecem?
Quando algumas medidas são tomadas via de regra  são tímidas e parecem estarem muito mais voltadas à promoção midiática de algum governante do que mesmo para resolver o problema ao qual se destina!
SALVEM O NOSSO SEMIÁRIDO NORDESTINO!
Vereador Gilberto de Belchior

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