sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Governador Paulo Câmara se encontra com Lula

Por Marisa Gibson, do Diário de Pernambuco

É possível que Paulo Câmara (PSB) tenha tentado agendar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT) antes de ter uma conversa com Lula, o que seria mais aceitável do ponto de vista protocolar. Mas o fato é que o governador almoçou ontem com o ex-presidente, e esse encontro tem um significado político valioso.
É o selo de uma nova fase entre o PT e PSB, depois de uma campanha pesada em que o governo Dilma foi duramente criticado. E esse roteiro, que em alguns momentos do passado incomodou tanto os petistas pernambucanos, hoje é bem-vindo.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa, por exemplo, observa que o PSB, nacionalmente, sempre teve mais convergências do que divergências com o PT e que os dois partidos, no Senado e na Câmara, estão buscando pontos comuns de atuação. “Em breve, Paulo será recebido pela presidente Dilma”, destacou o senador.
Traduzindo: as divergências estaduais não vão impedir a reconstrução da amizade colorida entre petistas e socialistas no plano nacional. Enfim, é aquela velha história, uma mão sempre lava a outra. O PSB precisa do governo Dilma, e o governo Dilma precisa do PSB no Congresso, e em 2018 tem sucessão presidencial.
A propósito, nessa costura política, Paulo segue literalmente os passos de Eduardo, alimentando e explorando politicamente uma relação sentimental do ex-presidente com o estado: "Lula perguntou pelas obras em Pernambuco, muitas das quais em parceria com o governo dele, em especial a Transnordestina, e quis saber do povo pernambucano, por quem tem muito carinho. Eu disse que o nosso povo tem uma gratidão muito especial por ele", afirmou o governador após o almoço.

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