Canavieiros garantem subsídio de R$ 125 milhões

O Governo Federal concederá um subsídio R$ 125 milhões aos produtores de cana-de-açúcar do Nordeste. De acordo com o Portal Planalto, a medida vai contribuir para a recomposição dos canaviais afetados pelo período de seca. O secretário-executivo substituto do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique de Oliveira, informou ontem (16) que será repassado aos agricultores o valor de R$ 12 por tonelada de cana, limitado a 10 mil toneladas por produtor. Ao todo, 17 mil produtores nordestinos serão beneficiados. “O objetivo da medida é manter a receita dos pequenos produtores rurais. Há uma perda estimada de 30% da produção e, mais grave do que isso, tem havido uma mortandade dos canaviais”, explicou Dyogo de Oliveira. O repasse dos recursos ocorrerá ainda este ano, tendo como base a safra 2011-2012. Para ter acesso, os produtores terão que comprovar junto à Conab a entrega do produto por meio da apresentação de notas fiscais e os créditos serão feitos nas contas bancárias dos beneficiados. O secretário explicou que o governo ainda estuda como a medida será formalizada para entrar em vigor. “Estamos avaliando se haverá uma nova medida provisória ou aproveitaremos para emendar outra medida provisória já em tramitação”, disse. Como se observa na matéria acima (Magno Martins), os produtores de cana perderam cerca de 30% de sua produção de cana, com a seca que afeta a Região, e por esse motivo irão receber um subsídio de R$ 125 milhões. Enquanto isto, os produtores do sertão perderão praticamente tudo que tinham e o que estão recebendo é o ajuizamento de suas dívidas, na justiça. O Governo Federal promete uma esmola de R$ 80,00 por mês (seguro safra) e nenhuma medida para solucionar as dívidas com o Banco do Nordeste, apenas os que tomaram dinheiro pelo PRONAF têm direito a algum benefício. Quem não é pronafiano se vê obrigado a rolar sua dívida, que continuará aumentado descontroladamente. Depois dessa, que está sendo a pior seca dos últimos 50 anos, os produtores sertanejos ficarão sem patrimônio (os gado morreu ou foi vendido a preço de banana para não morrer de fome), sem receita (não terá o que vender nos próximos ansos), sem pastagem (70% do capim buffel morreu e a palma foi dizimada pela Cochonilha do Carmim) e sem ânimo para volta a produzir.