quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Recessão a vista?

Custódia vive atualmente um princípio de recessão econômica, que o Vereador Gilberto de Belchior já previa há mais de dois anos, em conseqüência de muitos investimentos, feitos pelos cidadãos  e empresários custodienses, de forma desordenada e sem planejamento.
Com a chegada das empresas executoras das obras da transposição e transnordestina, houve uma grande procura por imóveis residenciais, principalmente. Com isso, o preço do aluguel subiu de forma desproporcional, fazendo muita gente crer que construir para alugar seria um bom negócio.
Mais que isso, surgiram os sucessivos projetos de loteamento fazendo com que o tamanho da cidade praticamente dobrasse, levando-se em consideração as áreas loteadas, evidentemente. As pessoas investiram grande parte de suas economias comprando lotes, achando também que estariam fazendo um bom investimento.
Na área comercial, muitas lojas novas surgiram principalmente no ramo de material de construção; muitos prédios comerciais foram construídos ou se encontram em fase de construção; a área hoteleira também foi bastante ampliada.
A questão agora é saber o que fazer com toda essa estrutura quando não tivermos mais as empresas por aqui? Aliás, uma simples paradinha já deu para se ter uma idéia do que vem por aí! Muitos imóveis já se encontram com placas de vende-se ou aluga-se. O que diria então dos milhares de lotes urbanos colocados a disposição do mercado?
A nossa economia já sente os efeitos da falta de liquidez dos bens incorporados ao patrimônio imobiliário da cidade. Isso quer dizer que as pessoas que colocaram seu dinheiro em construções ou lotes urbanos terão dificuldades de tê-lo de volta, pelo menos na quantidade investida.
Pensando mais em longo prazo, nós corremos o risco de, numa eventual paralisação do mercado imobiliário, as lojas de materiais de construção vir a ter dificuldades de se manter operando. Caso isso venha a ocorrer, seus efeitos poderiam se estender pelo restante do comércio. Quem não se lembra da penúltima crise mundial que teve início com a crise imobiliária iniciada nos Estados Unidos.
E aí todos poderiam está perguntando. O que fazer para que o nosso município não venha sofrer uma grave crise econômica? Ou ainda. O que fazer para que o nosso município continue crescendo e se desenvolvendo como todos nós desejamos?
É justamente essa pergunta que eu particularmente gostaria que todos estivessem fazendo, para que tivéssemos a oportunidade de ser ouvidos.
Custódia precisa de planejamento e de projetos estruturantes, que possam geram emprego e renda; precisa qualificar e profissionalizar nossa força de trabalho; precisa melhorar o padrão dos serviços essenciais, como educação, saúde, entretenimento, abastecimento, etc.
Não se pode praticar empreguismo com recursos da educação e da saúde, por exemplo, pior ainda quando esse empreguismo tem cunho eleitoral. O governo finge que está dando empregos e as pessoas fingem que estão empregadas. Depois de algum tempo, o cidadão não terá nem emprego, nem educação, nem saúde e em muitos casos não terá perspectiva de vida.
Sem querer dá qualquer conotação política a essa matéria, sinceramente acho que o nosso governo municipal está deixando escapar a maior oportunidade que Custódia já teve em toda sua história. Ele tem a seu dispor muito dinheiro, apoio político dentro e fora do município, muitos fatores positivos que potencializam o nosso município, enfim, o atual prefeito não está sabendo ou não está querendo converter esses fatores positivos em desenvolvimento capaz de fazer a nossa economia continuar crescendo de forma sustentável e duradoura.
Vereador Gilberto de Belchior

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